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3 de fevereiro de 2014

Mochila pesada põe em risco saúde da criançada

Na volta às aulas, é comum a empolgação dos estudantes em carregar boa parte do material escolar nas costas. Mas especialistas indicam que mochilas muito pesadas ou carregadas de maneira incorreta podem provocar sérios problemas de coluna. 

O ortopedista do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, Agnaldo de Oliveira Junior, orienta que o excesso de peso dificilmente provocará alguma dor imediata na criança ou adolescente. No entanto, com o passar dos anos, aqueles que abusarem poderão apresentar problemas de saúde. 

Dados da Organização Mundial de Saúde revelam que 85% das pessoas têm, tiveram ou terão um dia dores nas costas provocadas por problemas de coluna. “As áreas mais afetadas são as articulações e a musculatura da coluna, favorecendo a lordose, o aumento anormal da curvatura lombar e a escoliose, incluindo o desvio lateral da coluna.” Para que isso não ocorra, crianças e adolescentes não devem carregar mais que 10% do seu peso corporal. 

Durante a infância, alguns cuidados podem evitar boa parte destes problemas. “A maneira mais adequada de carregar a mochila é nos dois ombros, no meio das costas e não muito baixa. O ideal é deixá-la próxima a cintura”, orienta Agnaldo. Mochilas com rodinhas são uma boa alternativa para o problema de sobrepeso, mas também devem ser utilizadas de maneira correta. “Puxar a mochila somente com um braço costuma forçar o ombro e torcer o corpo. O indicado é alternar os lados utilizados para conduzi-la ou levá-la na frente do corpo.” 

De acordo com o médico, além desses cuidados, deve-se investir desde cedo em atividades físicas e esportes. “Eles ajudam as crianças a manter a postura correta e evitam problemas na coluna, joelhos e quadris que sofrem com o excesso de peso das mochilas”, analisa. Sessões de fisioterapia e RPG auxiliam na melhoria da musculatura e na correção da postura dos estudantes. “É muito importante que os pais fiquem atentos a reclamações de dores nas costas e desvio da coluna para que a criança receba orientação de um especialista”, conclui. 

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