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15 de abril de 2014

Empregabilidade para idosos vem aumentando no Brasil

A qualificação e equilíbrio emocional dos mais velhos explica a procura por estes profissionais

O paradigma do mercado de trabalho fechado aos idosos vem mudando, e rapidamente no Brasil. Até uma década atrás o profissional idoso era considerado um contingente de difícil empregabilidade. Entretanto, dados recentes do governo de Minas Gerais exemplificam a mudança neste conceito: somente em 2013 mais de 16 mil pessoas acima de sessenta anos foram contratadas no mercado formal no estado.

O subsecretário de trabalho e emprego de Minas, Hélio Rabelo, explica que a necessidade de renda extra, maior longevidade e qualificação explicam o interesse dos idosos em voltar ao mercado profissional. “Eles se sentem produtivos. Hoje estamos vendo um país cada vez mais de pessoas idosas”, disse. Rabelo explicou também que a postura profissional das pessoas mais velhas agrada bastante às empresas, facilitando a reinserção profissional. “O trabalhador mais velho é um trabalhador mais constante, normalmente mais centrado e com menor ansiedade com o que está por vir. Já o jovem quer crescer, ter um emprego melhor, estudar no exterior, morar fora, mudar de cidade, casa, tem filho. O idoso não, já tem a sua aposentadoria e quer melhorar sua renda. É mais sólida a permanência do idoso”, explicou.

Este cenário é analisado pela pesquisadora de longevidade e gerontologia Suyen Miranda, da USP, como algo esperado e que será cada vez mais crescente no cenário brasileiro. “É importante que o preconceito esteja dando lugar à capacidade, que os mais velhos tem de sobra e podem contribuir muito para a qualidade dos produtos e serviços”, frisa Suyen. O subsecretário também comemora a quebra do preconceito em relação aos trabalhadores com idade mais avençada. “Antigamente no Brasil o trabalhador só era válido até os 40, 50 anos. Hoje não, está se dando muito mais atenção ao idoso, se respeitado mais. As pessoas estão respeitando o conhecimento”, finaliza Hélio Rabelo.

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