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25 de abril de 2014

Pesquisa tenta esclarecer como cães compreendem nossos sentimentos

Assim como os humanos identificam o significado dos latidos, os cachorros distinguem o que os donos sentem, processando nossas vozes, informa veterinária da Pet Center Marginal

Quem convive com um cão ou um gato, sabe que eles, às vezes, nos entendem melhor do que humanos. Assim como conseguimos interpretar um latido ou miado, os pets, de acordo com pesquisadores húngaros, podem distinguir nossas emoções pelo voz. Para chegar à conclusão, 11 cães foram submetidos a exame de ressonância magnética. Durante oito minutos, esses animais ouviram sons, como risada, choro, barulho de carro e latidos de outros cães, enquanto tinham o cérebro escaneado.

O mesmo teste foi feito em 22 pessoas e mostrou que nossos cérebros e o dos cães tinham as mesmas áreas acionadas quando escutavam esses sons. Assim como acontece com os humanos, choro ou risada ativavam uma área perto do córtex auditivo primário, região responsável por processar informações emocionais na voz, o que explicaria a tese de que os animais realmente nos compreendem. 

Pesquisa recente, da Emory University, nos Estados Unidos, provou outro fato curioso: o cérebro de cães processa emoções de forma muito similar a do cérebro dos tutores. Por fim os cientistas concluíram que a habilidade de sentir emoções positivas indica que os cães tenham um nível de consciência comparável ao de uma criança.

Para a veterinária Fernanda Lipari, da rede Pet Center Marginal, embora faltem pesquisas elucidativas sobre o funcionamento do cérebro desses animais, o fato é que conversar com eles só traz benefícios. Não só porque o hábito estreita o relacionamento entre tutor e animal ou acalente de certa forma o homem, como é essencial para educar o bichinho. "Desde filhotes, cães e gatos, acabam por perceber o que é certo e errado dependendo da entonação dada pelo dono. Ou seja, é dessa maneira que aprendem o que é um 'não', por exemplo", informa a especialista.

Segundo a Dra. Fernanda, com todas essas descobertas, o que todo tutor já sabia ganha agora respaldo científico e explica porque basta um choro de alguém da família para que esses bichinhos venham correndo, como se estivessem oferecendo um ombro amigo.

Mas, se esses melhores amigos são ótimos e carinhosos ouvintes para bons e maus momentos, eles também são acometidos por nossos sentimentos. "Pets que vivem com tutores ansiosos, deprimidos, estressados, ambientes barulhentos costumam refletir esse ambiente. Como não sabem falar, esses animais começam a apresentar comportamentos inusitados e insistentes, como se lamber compulsivamente, comer as próprias fezes, entre outros", esclarece a veterinária da Pet Center Marginal.

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