Foto: Divulgação/Embraport |
Fabiana do Nascimento Almeida, a primeira mulher contratada pela Embraport para operação de equipamentos pesados, é um exemplo desta transformação no mercado de trabalho de Santos. Atualmente, Fabiana é operadora de RTG ou transtêiner, equipamento utilizado para movimentar contêineres de até 41 toneladas no pátio de armazenagem. Sua função envolve a organização das cargas no pátio, assim como a colocação e retirada das cargas nos caminhões que acessam diariamente o Terminal.
A operadora está na empresa desde abril de 2013 e fez parte do Programa Novos Operadores, treinamento que preparou profissionais para o início das operações no Terminal da DP World em Callao, no Peru, um dos acionistas da Embraport. Divididos em três turmas, 50 profissionais passaram 20 dias no Peru participando de treinamentos teóricos e práticos e observando de perto as atividades dos operadores daquele terminal.
O desempenho de Fabiana abriu as portas do terminal para outras mulheres. Ana Paula da Silva e Laudicéia do Nascimento, respectivamente operadoras de empilhadeira pequena e grande, são exemplos disso. Ana Paula foi a segunda mulher a ingressar na operação da Embraport, e conta que já havia tentado uma oportunidade em outras empresas da área portuária, mas sem resultados, pois a preferência era sempre masculina. “Na Embraport, vivenciei a preocupação da empresa em investir na capacitação das pessoas. Em pouco mais de seis meses de trabalho, participei de diversos treinamentos no terminal e hoje tenho mais de três certificados”.
Para Lenilton Jordão, gerente de Pessoas e Organização da Embraport, o crescimento da presença feminina no terminal é uma forma de valorizar a mulher pela sua capacidade de execução, pela flexibilidade para novos desafios e não pelo gênero, trazendo crescimento para a organização e para cidade de Santos . “Além de maior harmonia no ambiente de trabalho, percebemos características como paciência, disciplina e segurança entre as profissionais, valores fundamentais para uma atividade de alto risco, como a operação portuária”, finaliza o executivo.
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