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19 de março de 2014

Protesto contra planos de saúde une médicos, cirurgiões-dentistas e fisioterapeutas

Profissionais de medicina paulistas suspenderão o atendimento eletivo em todo o estado. Fisioterapia terá paralisações pontuais; odontologia fará manifestações públicas

O Estado de São Paulo terá um grande protesto contra os planos e seguros saúde em 7 de abril. Pela primeira vez, três categorias profissionais estarão unidas para reivindicar o acesso pleno à assistência para os pacientes e a valorização do trabalho dos prestadores de serviço. Fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas cerrarão fileira com a classe médica, que suspenderá o atendimento eletivo por 24 horas.

Desde já, os médicos estão antecipando os atendimentos de suas agendas para suspender a prestação de serviços aos planos de saúde em 7 de abril. Na data será realizada somente a assistência em urgência e emergência.

A ideia da classe é responder adequadamente às demandas de todos os pacientes, que, aliás, são tão vitimas de operadoras quanto os próprios profissionais de medicina.

Na sexta-feira, anterior ao protesto, dia 4 de abril, será realizada uma coletiva à imprensa na Associação Paulista de Medicina, para comunicar a jornalistas e à sociedade detalhes de como será a suspensão do atendimento por todo o estado.

White Blocks 
Em uma ação de cidadania, os médicos aproveitarão a suspensão do atendimento em 7 de abril e promoverão uma campanha de doação sangue. Um posto de coleta funcionará das 9h às 12h na sede da Associação Paulista de Medicina (Avenida Brigadeiro Luis Antonio, 278), para receber sangue. 

Os fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas também participarão da iniciativa, que, aliás, é extensiva à toda a comunidade.
O protesto é explicado pelo presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão:

“Durante o ano todo há planos de saúde tirando o sangue dos médicos e metendo a faca nos pacientes. Desta vez, doaremos nosso sangue por uma boa causa: para os nossos pacientes que são vítimas de toda sorte de abusos e negativas de cobertura de algumas operadoras”.

Segundo o ex-presidente e atual conselheiro do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, 2014 é o ano em que os médicos deixarão bem claro que não admitem ataques aos pacientes e nem a eles próprios. Periodicamente, haverá manifestações em defesa da plena assistência na saúde suplementar a na rede pública, o SUS.

“Outra pauta do 7 de abril é por mais investimentos no Sistema Único de Saúde. É absurdo um país do porte do Brasil ser um dos lanterninhas em destinação de recursos à saúde na América Latina”.

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