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18 de março de 2014

Tratamento humanizado ajuda a promover o bem-estar de crianças com câncer

Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) orienta sobre o diferencial positivo no tratamento que utiliza essa metodologia

A criança em tratamento oncológico está suscetível a experiências dolorosas e que diminuem a autoconfiança, que podem influenciar a aceitação do tratamento e prejudicar o seu desenvolvimento psicossocial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), a humanização pode auxiliar a reverter esse quadro e proporcionar melhor qualidade de vida a estas crianças e suas famílias.

Dentre as medidas para a humanização do tratamento está o atendimento atencioso e carinhoso para com o paciente e sua família, além do tratamento individual, no qual cada paciente deve ser avaliado de acordo com sua particularidade, conduzido por médicos e equipe multiprofissional dentro de um ambiente alegre e com características infantis. Além disso, toda criança em tratamento tem direito a um acompanhante.

“No tratamento humanizado estão inclusas também a informação integral e adequada à família da criança sobre o grau da doença e sobre as possibilidades de recuperação, bem como métodos de diagnósticos e tratamentos. Um ambiente lúdico, como a brinquedoteca, também ajuda a deixar o clima mais ameno no que tange ao tratamento”, explica a presidente da SOBOPE, Carla Macedo.

De acordo com a psicóloga Claudia Epelman, membro da diretoria da Sociedade, é de extrema importância o acompanhamento psicológico familiar desde o diagnóstico da doença para evitar problemas futuros e manter a família estruturada para enfrentar as batalhas que estão por vir. Assim, a partir da confirmação do diagnóstico, todos os profissionais envolvidos devem estar sensíveis às necessidades dos pais e propor intervenções preventivas de maneira que a vivência do câncer não deixe sequelas irreparáveis.

Para uma assistência adequada é necessário existir uma estrutura com equipe multidisciplinar que inclui além de médicos oncologistas pediátricos, também fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros profissionais, que garantem a qualidade do tratamento em cada área.

Sobre a Terapia Lúdica
Também conhecida como ludoterapia, a terapia lúdica tem grande importância para crianças em tratamento oncológico, pois atua desde o falar do paciente até a adaptação do ambiente hospitalar, o que minimiza os impactos da doença e do tratamento. 

Este tipo de terapia é utilizado para ajudar na compreensão da criança sobre o que esta acontecendo, oferecer informações sobre a doença e o tratamento em sua linguagem infantil. A abordagem se baseia no fato de que brincar seja um meio natural de autoexpressão da criança. Durante as sessões é dada a oportunidade de o paciente expressar seus sentimentos e problemas através da brincadeira. A ludoterapia poder ser praticada individualmente ou em grupo. 

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