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13 de março de 2014

Vacinação ainda é a melhor forma para prevenir a pneumonia

Mais de 50 mil brasileiros morrem todo ano por pneumonia. Destes, cerca de mil são crianças com menos de quatro anos de idade

Tanto o diagnóstico como o tratamento são simples, e incluem uma radiografia e o uso de antibióticos, quando confirmada a pneumonia. No entanto, trata-se, ainda hoje, da doença infecciosa que mais mata no mundo.

“A causa mais comum de pneumonia é o Streptococcus pneumoniae, conhecido como Pneumococo. Três em cada dez pneumonias são causadas por esse microorganismo”, explica o dr. Frederico Leon Arrabal Fernandes, diretor de Assuntos Científicos da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

Segundo o médico, o microorganismo está normalmente presente no nariz e na garganta, mas nem sempre causa a doença. Transmitida por contato direto de pessoa para pessoa por meio das secreções do trato respiratório, ela atinge especialmente grupos vulneráveis, que incluem crianças pequenas; idosos; fumantes; portadores de doenças respiratórias crônicas, como asma e enfisema; além de indivíduos com baixa imunidade.

PREVENÇÃO
A melhor maneira de prevenir a doença é a vacinação, que deve ser dada conforme orientação médica.

“Existem dois tipos de vacianas atualmente no Brasil. Uma delas, a de polissacarídeo, protege contra 23 tipos de pneumococo e é recomendada para adultos com mais de 60 anos ou portadores de doenças respiratórias. Já a vacina conjugada, leva à maior resistência imunológica, indicada para crianças e, recentemente, também para adultos com mais de 50 anos portadores de doenças pulmonares crônicas e fumantes”, explica o médico pneumologista.

Segundo o dr. Frederico, um estudo publicado recentemente na revista médica New England Journal of Medicine (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/nejmoa1209165) demonstrou que a vacina conjugada reduziu de forma consistente, nos últimos 10 anos, as internações por pneumonia em crianças e em idosos.

“A conclusão deste e de outros estudos é que a vacinação da população infantil reduz a quantidade de bactérias, prevenindo inclusive a contaminação dos idosos”, explica.

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