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23 de janeiro de 2014

Casos de cálculos renais aumentam até 30% no verão

Problema se agrava no calor devido à perda de líquidos pelo suor e pelo consumo insuficiente de água

Com as altas temperaturas, a incidência de cálculos renais aumenta consideravelmente. As famosas pedras nos rins, como são chamadas, são mais frequentes no verão por causa da maior perda de líquidos pelo suor e pela falta de ingestão suficiente de água. Junto a isso, uma dieta inadequada colabora para o crescimento dos casos.

De acordo com o nefrologista, Rui Alberto Gomes, do Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes, o problema atinge 15% da população (cerca de 10% das mulheres e 15% dos homens), no entanto, nesta época do ano a incidência aumenta até 30%. 

“Cada vez mais as pessoas se alimentam mal e consomem muito sal, muita carne e bebem pouco líquido, aumentando os casos de cálculo renal. As causas, porém, são multifatoriais. No verão, a transpiração excessiva pode causar desidratação e nem sempre a perda de água é compensada com a ingestão de líquidos.” Vale lembrar que esses líquidos não incluem refrigerantes e sim água ou suco de fruta, alerta o médico.

A coloração da urina pode ser um indicador de hidratação. Ela deve ser sempre clara e, se estiver amarela escura, significa que está concentrada demais, facilitando o surgimento das pedras. Nas crises dolorosas de cálculos renais, a urina pode ficar escurecida, devido à presença de sangue. A dor provocada pelo cálculo é intensa, podendo ir desde a região lombar comprometida até os genitais externos; às vezes até acompanhada de náuseas e vômitos.

Os cálculos podem se localizar dentro ou fora dos rins. Quando estão nas vias urinárias, causam dor ao se deslocarem e/ou obstruirem a passagem da urina, aumentando os riscos de infecção urinária e podendo até prejudicar o funcionamento do órgão. Quando são maiores do que 0,5 a um centímetro, dificilmente são expelidos naturalmente, exigindo um procedimento médico para a retirada.

Segundo o especialista, cerca de metade dos portadores de cálculos renais pode ter uma nova crise em um período de até cinco anos. “Daí a importância de se cuidar bem dos fatores predisponentes.”

As pessoas mais suscetíveis ao problema são as obesas, por geralmente apresentarem alterações metabólicas que colaboram para a formação de cálculo, aquelas que já têm alterações metabólicas (como diabetes) e quem consome excessivamente espinafre, frutos do mar, carne, sal e refrigerante.

A recomendação médica é beber água sempre. As frutas cítricas especialmente ajudam a evitar as pedras nos rins.

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