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28 de janeiro de 2014

Tentativas de fraude contra consumidor batem recorde em 2013

Telecom foi único setor que observou alta em todos os anos desde 2010; varejo vê queda em relação a 2012, mas alta em comparação com anos anteriores

Em 2013, foram registradas 2.204.158 tentativas de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são usados por criminosos para firmar negócios sob falsidade ideológica ou mesmo obter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor. 

Isso representa uma tentativa de fraude a cada 14,5 segundos no país Esse resultado é o recorde histórico registrado pelo indicador, apresentado alta de 3,04% em comparação a 2012, em que foram registrados 2,1 milhões de tentativas; alta de 12,39% em relação a 2011, que teve 1,9 milhão e, alta de 17,56% em relação a 2010, com 1,8 milhão.

Telefonia respondeu pelo maior número de registros em 2013, com 951.360, 43,16% do total de tentativas de fraude registradas no ano. Esse número representa uma alta de 26,08% em relação às tentativas de fraude registradas pelo setor em 2012, bem como alta de 85,07% em relação a 2011 e 107,42% em relação a 2010.

Já o setor de serviços – que inclui construtoras, imobiliárias, seguradoras e serviços em geral (salões de beleza, pacotes turísticos etc.) – teve 55.535 registros, equivalente a 29,85% do total. Em relação a 2012, houve queda de 11,85%. Já em comparação com 2011, o setor viu queda de 0,02% e, em comparação a 2010, alta de 14,01%.

O setor bancário é o terceiro do ranking de registros em 2013, com 399.393 tentativas, 18,12% do total. O setor observou alta de 1,89% em relação aos registros de 2012; mas queda de 20,24% em relação a 2011 e queda de 24,55% em relação a 2010.

Já o segmento varejo registrou 160.698 tentativas de fraude contra o consumidor, 7,29% das investidas contra o consumidor em 2013, mas alta de 62,64% em relação a 2011 e alta de 49,58% em relação a 2010. O ranking de tentativas de fraude de 2013 é composto ainda por demais segmentos (1,58%).

Principais tentativas de golpe

É comum que as pessoas forneçam seus dados pessoais em cadastros na Internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Além disso, os golpistas ainda costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas.

Entre as principais tentativas de golpe apontadas pelo indicador da Serasa Experian estão:

1. Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
2. Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
3. Compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
4. Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima. Neste caso, toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques, empréstimos pré-aprovados) potencializa possível prejuízo às vítimas, aos bancos e ao comércio.
5. Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima.
6. Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.

A Serasa Experian responde diariamente a 6 milhões de consultas, auxiliando 500 mil empresas de diversos portes e segmentos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio, desde a prospecção até a recuperação.

Precaução

A pesquisa revela a importância de o consumidor adotar cuidados simples em seu dia a dia, como:

Não fornecer dados pessoais para pessoas estranhas;
Não fornecer ou confirmar suas informações pessoais ou número de documentos pelo por telefone, tomando cuidado com promoções ou pesquisas;
Não perder de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios; do mesmo modo, não deixar que atendentes de lojas e outros estabelecimentos levem seus cartões bancários para longe de sua presença sob a desculpa de efetuar o pagamento.
Tomar cuidado ao digitar a senha do cartão de débito/crédito na hora de realizar pagamentos, principalmente na presença de desconhecidos.
Não informar os números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas;
Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança; cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou promoções. Fique atento às dicas de segurança da página, por exemplo, como a presença do cadeado de segurança;
Cuidado com dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passar por você, usando informações pessoais, como por exemplo, signo, modelo de carro, time por que torce, nome do cachorro etc.;
Manter atualizado o antivírus do seu computador, diminuindo os riscos de ter seus dados pessoais roubados por arquivos espiões;
Evitar realizar qualquer tipo de transação financeira utilizando computadores portáteis conectados em redes públicas de Internet.

Quando for vítima de roubo, perda ou extravio de documentos, a primeira medida é cadastrar a ocorrência gratuitamente na base de dados da Serasa Experian, no link www.serasaconsumidor.com.br. Esta informação estará disponível na mesma hora para o mercado. Depois, o consumidor deve fazer um boletim de ocorrência. Assim, a cada consulta, o concedente de crédito será alertado de que se trata de documentos roubados, evitando que transações sejam realizadas.

O consumidor pode, ainda, consultar gratuitamente o seu CPF em uma das agências da Serasa Experian em todo o país. Os endereços estão no site www.serasaconsumidor.com.br.

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