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2 de dezembro de 2013

61,4% dos pacientes encaminhados ao HCor com arritmia cardíaca são submetidos a cirurgia

Doença tem se tornado mais incidente em jovens e pode levar à morte súbita

Foto: sxc.hu
As arritmias cardíacas são alterações
elétricas que provocam modificações
no ritmo das batidas do coração
Um estudo realizado pelo HCor mostra que 61,4% dos pacientes atendidos com arritmias cardíacas precisam ser operados, enquanto apenas 38,6% são tratados exclusivamente com tratamentos clínicos. Os procedimentos cirúrgicos incluem ablação e/ou implante de marca-passo.

O levantamento foi realizado entre janeiro de 2010 e outubro de 2013, com 3.213 pacientes atendidos pelo hospital. A maioria é do sexo masculino (58,3%) e deu entrada no hospital a partir do Pronto-Socorro (51,6%).

Com relação à faixa etária, metade dos casos de arritmia (50,2%) se concentrava em pacientes com idade entre 45 e 74 anos. Contudo, um percentual significativo se faz presente entre pessoas mais jovens. Dos 30 aos 44 anos, o HCor atendeu 409 casos de arritmia, o que representa 12,7% do total.

Arritmia em adolescentes - Em adolescentes e jovens, com idade entre 15 e 29 anos, o percentual foi de 6,5%, com 208 casos atendidos. E no grupo com idade inferior a 15 anos, o percentual foi de 3,1%, com 99 casos, destacando-se aí crianças recém-nascidas, de baixo peso e com cardiopatias congênitas associadas. 

Entenda as arritmias

As arritmias cardíacas são alterações elétricas que provocam modificações no ritmo das batidas do coração. Elas podem ser de vários tipos: taquicardia, quando o coração bate rápido demais; bradicardia, quando as batidas são muito lentas, e há casos em que o coração pulsa com irregularidade.

Palpitações, desmaios e tonturas são os sintomas mais frequentes. Pode haver também confusão mental, fraqueza, pressão baixa e dor no peito. Contudo, muitos casos de arritmia são assintomáticos e, como toda doença silenciosa, isso aumenta o seu risco. Nos casos graves, o primeiro sintoma da arritmia pode ser a parada cardíaca, que chega a ser fatal.

As arritmias são congênitas, mas muitas são adquiridas e secundárias a outras doenças como o infarto e, nesse caso, para preveni-las é preciso ter hábitos saudáveis. Faça sempre uma alimentação balanceada, rica em legumes, frutas e verduras; não exagere no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos; não fume e pratique atividades físicas regularmente. Dê atenção à saúde emocional e, pelo menos uma vez por ano, consulte um cardiologista para realizar exames preventivos.

Caso seja portador de alguma cardiopatia, siga as orientações de seu médico e o visite com a frequência que ele determinar. Se tiver sintomas característicos de arritmias como palpitações e/ou tonturas ou desmaios, é bom procurar diretamente o serviço de arritmias para orientações.

Se a doença for diagnosticada, o cardiologista pode adotar quatro linhas básicas de intervenção: uso de medicamentos (tratamento clínico), ablação (tratamento definitivo através de cateter), implante de marca-passo ou implante de desfibrilador interno (marcapasso especial que reverte a parada cardíaca).

Primeiros socorros

Caso o paciente não tome os cuidados necessários ou não procure uma avaliação médica haverá um aumento considerável da possibilidade de apresentar um evento cardíaco de alto risco. Mais de 95% das mortes súbitas ocorrem fora do ambiente hospitalar. Por isso, a rápida desfibrilação e o suporte básico de vida podem aumentar consideravelmente a taxa de sobrevida. Se o acesso ao desfibrilador ocorrer entre cinco e sete minutos após a parada cardíaca, mais da metade dos pacientes pode ser salva.

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