Concentração de riqueza continua nos mesmos locais, como em Campinas, que é a segunda região mais rica do estado |
Apesar da recuperação da indústria, o município de São Paulo diminuiu ligeiramente seu peso no PIB do Estado entre 2010 e 2011 – de 35,5% para 35,3%. Tal resultado deve-se ao desempenho do setor de serviços, que passou de 40,5% para 39,7%, nesse período, a primeira retração no valor adicionado do setor desde 2007.
Essa perda de participação do setor de serviços da capital do Estado está associada, principalmente, ao comércio. Desde meados da década passada, há um movimento de implantação de centros de distribuição de empresas comerciais em localidades próximas ao município de São Paulo, que parece ter sido estimulado pela ampliação do Rodoanel em 2010.
O ranking do PIB per capita mostra avanço de municípios com crescimento do setor terciário, como Barueri e Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo, e Louveira e Vinhedo, na Região Administrativa de Campinas.
A pesquisa constata, também, a manutenção no nível de concentração econômica. Os dez maiores municípios em termos do PIB municipal responderam por 56,6% do PIB estadual em 2010 e por 56,7% em 2011. Não houve mudanças entre os nove primeiros colocados no ranking (São Paulo, Guarulhos, Campinas, Osasco, São Bernardo do Campo, Barueri, Santos, São José dos Campos e Jundiaí). Ribeirão Preto voltou a ocupar o 10º lugar.
O município de São Paulo mantém-se como o principal centro econômico do Estado, com 35,3% do PIB paulista. Alguns municípios com importantes parques industriais perderam colocações no ranking do PIB paulista, tais como Santo André, Taubaté, Matão, Cubatão e Sumaré, enquanto outros com crescimento no setor de serviços ganharam posições, como Louveira, Cotia e Itapevi.
O cálculo do PIB dos municípios paulistas insere-se em projeto de âmbito nacional que abrange todos os municípios brasileiros. A metodologia utilizada – desenvolvida conjuntamente pelo IBGE e órgãos estaduais de estatística, entre os quais a Fundação Seade – consiste basicamente no rateio, entre os municípios, do valor adicionado das principais atividades econômicas contidas no PIB do Estado (inclusive impostos), por meio de indicadores pertinentes a cada uma delas. Como a mesma metodologia é adotada em todo o país, é possível comparar o PIB dos municípios paulistas com o dos demais Estados.
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