Doença atinge idosos, principalmente |
Os resultados foram apresentados pelo médico e pesquisador francês, Thierry Facon, durante a 55ª edição do Congresso anual da American Society of Hematology (ASH), que se encerra nesta terça-feira (10), em New Orleans, Estados Unidos.
A descoberta, segundo o Dr. Angelo Maiolino, diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) e professor da UFRJ, presente no Congresso, “estabelece um novo padrão de atendimento aos pacientes em todo o mundo". O tratamento contínuo geralmente é indicado para pacientes que apresentavam recaída após 72 semanas de terapia de indução, devido a toxicidades associadas com a terapia de longo prazo.
Agora está comprovada a importância desse tratamento logo após o diagnóstico, explicou Maiolino. O estudo é um dos maiores já realizado no mundo, com mais de 1600 pacientes com 65 anos de idade em média, de 246 centros de tratamento de 18 países. O Brasil não foi incluído.
Outra constatação foi a redução de 22% no risco de morte no grupo que utiliza lenalidomida e dexametasona. A Dra. Vania Hungria, médica e professora da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, logo depois de assistir a apresentação do Dr. Facon, disse que a lenalidomida, já aprovada em mais de 80 países, ainda não recebeu o registro na ANVISA, nem mesmo para tratamento de segunda linha, o que prejudica os pacientes e frustra os médicos. Ela acrescentou que a situação dificulta também a participação de pacientes brasileiros em estudos internacionais como o apresentado pelo pesquisador francês.
O estudo foi o principal tema de discussão durante um workshop de imprensa para jornalistas de todo o mundo e que contou com a participação das presidentes da Federação Internacional do Mieloma Susie Novis e da Presidente da instituição na América latina, Christine Battistini. A International Myeloma Foundation (IMF) foi parceira do Dr. Facon nesse trabalho.
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